domingo, 18 de março de 2012

EJA em segundo plano

Modalidade requer mais cuidados e verbas para oferecer boas aulas a quem quer estudar

Foto: IZAN PETTERLE
Estrutura precária Currículo adaptado do
Ensino Fundamental, inadequado para o
público, e professores voluntários sem
qualificação são os maiores problemas da EJA
Mais sobre EJA

Como em diversas áreas descritas nesta edição especial, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) passou por muitas mudanças, com importantes conquistas na legislação nos últimos 25 anos. Porém é difícil fugir da conclusão de que essa modalidade de ensino está relegada ao segundo plano na agenda dos governantes e da própria sociedade. Basta ver as alarmantes estatísticas sobre analfabetismo: 14,1 milhões de brasileiros com mais de 15 anos (9,7% da população) que não sabem ler nem escrever e mais de 38 milhões de analfabetos funcionais, incapazes de entender um texto mais complexo que um bilhete simples.

Os especialistas são unânimes em afirmar que a única forma de melhorar os indicadores é respeitar as especificidades desse público - gente que não terminou, ou nem sequer iniciou, o ensino regular. Entre os problemas apontados, estão o currículo (muitas vezes uma adaptação dos conteúdos do Ensino Fundamental), a formação inadequada dos professores, a prática de convocar voluntários (muitos sem preparo) para alfabetizar jovens e adultos e a polêmica em torno da idade mínima para matricular-se na EJA (hoje é 15 anos, há quem lute para aumentar para 18 anos, numa tentativa de forçar os mais jovens a permanecer nas redes regulares de ensino).

De um lado, a EJA passou a receber mais recursos graças ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), ainda que os valores pagos sejam os menores do sistema. De outro, há uma variedade de programas surgidos nos últimos anos, como Brasil Alfabetizado, Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem) e Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), que concorrem com a EJA e revelam as dificuldades de apontar um caminho eficaz para o setor.
O resultado dessa falta de consenso são altos índices de evasão: 42,7% dos 8 milhões de brasileiros que frequentaram classes de EJA até 2006 não concluíram nenhum segmento do curso, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2007. E, tão preocupante quanto, a redução no total de matrículas nesse segmento: de 3,5 milhões de estudantes, em 2006, para 2,8 milhões, no ano passado, apenas no Ensino Fundamental. Mudar essa realidade é essencial para garantir que o Brasil ocupe um lugar de mais destaque no cenário internacional.


Gráfico: Fábio Luca
Fontes Edudata e Censo Escolar 2010
Verônica Fraidenraich (veronica.fraidenraich@abril.com.br)


Fonte: Revista Nova Escola

O computador pode ser um grande aliado da alfabetização de adultos


Neste trecho do vídeo do Programa de Formação de professores Alfabetizadores ( Profa), do MEC, Emília Ferreiro fala sobre o uso do computador na alfabetização de adultos. Na sequência,  é apresentada uma aula em que os alunos adultos escrevem no computador um texto que sabem de memória.

Fonte:
http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/alfabetizacao-inicial/computador-pode-ser-grande-aliado-alfabetizacao-adultos-515592.shtml

sábado, 17 de março de 2012

Por que jovens de 15 a 17 anos estão na EJA?

 Conheça os motivos que fazem com que adolescentes estudem na Educação de Jovens e Adultos


Ilustração de Fabrícia Batista com fotos de Benonias Cardoso, Gustavo Lourenção, Janduari Simões, Marcelo Almeida e Raoni Maddalena


A presença de adolescentes na Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Ensino Fundamental é preocupante: quase 20% dos matriculados têm de 15 a 17 anos. O número de alunos dessa faixa etária na modalidade não tem sofrido grandes variações nos últimos anos, apesar da queda no total de matrículas (28,6%). Dados da Ação Educativa com base nos Censos Escolares indicam que, em 2004, eram 558 mil estudantes e, em 2010, 565 mil. O cenário tem chamado a atenção dos especialistas da área. Por que esses adolescentes estão frequentando a modalidade, em vez de estar na Educação Básica regular? São vários os motivos (leia na última página os depoimentos de 13 estudantes). Alguns extrapolam os muros da escola, enquanto outros têm a ver diretamente com a qualidade da Educação, ou seja, envolvem o Ministério da Educação (MEC), Secretarias Municipais e Estaduais, gestores e, é claro, os professores que lecionam na modalidade.

Três grandes questões sociais fazem com que, todos os anos, muita gente desista de estudar ou então deixe a sala de aula temporariamente:

- Vulnerabilidade Muitos estudantes enfrentam problemas como a pobreza extrema, o uso de drogas, a exploração juvenil e a violência. "A instabilidade na vida deles não permite que tenham a Educação como prioridade, o que os leva a abandonar a escola diversas vezes. Quando voltam, anos depois, só resta a EJA", diz Maria Clara Di Pierro, docente da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP).

- Trabalho A necessidade de compor a renda familiar faz com que muitos alunos deixem o Ensino Fundamental regular antes de concluí-lo. O estudo Jovens de 15 a 17 Anos no Ensino Fundamental, publicado este ano na série Cadernos de Reflexões, do MEC, revela que 29% desse público que está matriculado do 1º ao 9º ano já exerce alguma atividade remunerada, sendo que 71% ganham menos de um salário mínimo. A dificuldade de conciliar os estudos com o trabalho faz com que mudar para as turmas da EJA, sobretudo no período noturno, seja a única opção.

- Gravidez precoce A chegada do primeiro filho ainda na adolescência afasta muitos da sala de aula, principalmente as meninas, que param de estudar para cuidar dos bebês e, quando conseguem, retornam à escola tempos depois, para a EJA. Assim, não estudam com colegas bem mais novos e concluem o curso em um tempo menor. Segundo a Fundação Perseu Abramo, 20% dos meninos que largaram os estudos tiveram o primeiro filho antes dos 18 anos. Entre as mulheres, esse percentual é de quase 50%. Dessas, 13% se tornaram mães antes dos 15 anos, 15% aos 16 anos e 19% aos 17 anos.



Fonte: Revista Nova Escola
Elisângela Fernandes (novaescola@atleitor.com.br).
Colaboraram Anderson Moço, de Juazeiro do Norte, CE, Aurélio Amaral, de Sertãozinho, SP, Beatriz Vichessi, de Marabá, PA, Rodrigo Ratier, de Teresina, PI, e Verônica Fraidenraich, de Curitiba, PR

sábado, 10 de março de 2012

Desastre na educação




O Estado de S.Paulo - 09.02.2012

Com 3,8 milhões de crianças e jovens fora da escola e padrões de ensino muito ruins, o Brasil terá muita dificuldade para se manter entre as maiores e mais prósperas economias, diante de competidores empenhados em investir seriamente em boa educação, ciência e tecnologia. Para dezenas de milhões de pessoas, o atraso educacional continuará limitando o acesso a empregos modernos e a padrões de bem-estar comparáveis com aqueles alcançados há muito tempo nas sociedades mais desenvolvidas. Mesmo a criação de vagas será dificultada, porque as empresas perderão espaço - como já vêm perdendo - para indústrias mais eficientes, mais equipadas com tecnologia e operadas por pessoal qualificado. Oportunidades de emprego são oportunidades de bem-estar e de vida melhor para o trabalhador e sua família.

Más políticas para a educação põem em risco esses valores e ainda condenam os indivíduos, por seu despreparo, a uma cidadania muito rudimentar. Não há como evitar pensamentos pessimistas depois de conhecer o último relatório do movimento Todos pela Educação, divulgado nessa terça-feira. O relatório confirma, com dados assustadores, as piores avaliações das políticas educacionais seguidas nos últimos nove anos - marcadas por prioridades erradas e orientadas por interesses populistas.

A partir de 2003 o governo federal deu ênfase à criação de faculdades e à ampliação do acesso ao chamado ensino superior, negligenciando a formação básica das crianças e jovens e menosprezando a formação técnica. Só recentemente as autoridades federais passaram a dar atenção ao ensino profissionalizante.

Por muito tempo ficaram concentradas no alvo errado, enquanto os maiores problemas estão nos níveis fundamental e médio. A progressão dos estudantes já se afunila perigosamente antes do acesso às faculdades. Segundo o relatório, em apenas 35 cidades - 0,6% do total - 50% ou mais dos estudantes têm conhecimentos matemáticos adequados à sua série. No caso da língua portuguesa, aqueles 50% ou mais foram encontrados em apenas 67 municípios.

Criada como entidade não governamental em 2006, a organização Todos pela Educação definiu metas finais e intermediárias para o período até 2022. Talvez fosse mais apropriado falar de "marcos desejáveis", já que a fixação de metas deve caber a quem dispõe dos instrumentos e dos poderes para a formulação de políticas. O confronto dos dados efetivos com esses marcos - nenhum deles muito ambicioso - permite uma avaliação dos avanços, em geral muito modestos, da atividade educacional brasileira. O quadro é constrangedor.

Em 2010, 80% ou mais das crianças no final do terceiro ano fundamental deveriam dominar a leitura, a escrita e as operações matemáticas básicas. No caso da escrita, 53,3% alcançaram o padrão desejado. No da leitura, 56,1%. No da matemática, 42,8%.

As porcentagens melhoram, em algumas séries mais altas, mas, em contrapartida, há um sensível afunilamento. Só 50% dos jovens com até 19 anos concluem o ensino médio. Destes, apenas 11% aprenderam o mínimo previsto de matemática. Não tem muito sentido prático alargar as portas de acesso às faculdades, como fez o governo durante vários anos, quando poucos estão preparados para enfrentar um bom ensino universitário.

Ler mais: O Estado de S.Paulo





08 de Março - Dia Internacional da Mulher



 
Mulher
Palavra tão simples que contém significados tão grandes!
Mulher, mãe, filha, esposa, irmã, amiga...
Simplesmente mulher!
Que de tão sublime gera a vida!
Mulher batalhadora...
Mulher que sabe criar...
Mulher que sabe educar...
Mulher de sonhos...
Mulher de paixão...
Mulher de sentidos...
Mulher de qualidades...
Mulher de defeitos...
Mulher que sabe amar...
MULHER!








sexta-feira, 2 de março de 2012

PROCESSO DE SELEÇÃO PARA OS CURSOS DE ATUALIZAÇÃO Edital 2012

FUNDAÇÃO CECIERJ/DIRETORIA DE EXTENSÃO
PROCESSO DE SELEÇÃO PARA OS CURSOS DE ATUALIZAÇÃO
Edital 2012

A FUNDAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – FUNDAÇÃO CECIERJ, vinculada à SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA - SECT abrirá inscrições para os cursos de atualização de 2012, a distância, nas áreas de Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Linguagens e Códigos, Matemática, Tecnologia Educacional e Prática Docente. Os cursos são voltados para professores das áreas específicas e afins, assim como licenciandos de último ano, de acordo com o número de vagas discriminado a seguir:
Área

Vagas


Para informações de cada área, acesse:

Ciências da Natureza


900


http://www.cederj.edu.br/extensao/index.php?option=com_content&view=frontpage&Itemid=125

Ciências Humanas


650


http://www.cederj.edu.br/extensao/index.php?option=com_content&view=frontpage&Itemid=126

Linguagens e Códigos


500


http://www.cederj.edu.br/extensao/index.php?option=com_content&view=frontpage&Itemid=127

Matemática


500


http://www.cederj.edu.br/extensao/index.php?option=com_content&view=frontpage&Itemid=128

Prática Docente


750


http://www.cederj.edu.br/extensao/index.php?option=com_content&view=frontpage&Itemid=130

Tecnologia Educacional


1250


http://www.cederj.edu.br/extensao/index.php?option=com_content&view=frontpage&Itemid=129

Todas e quaisquer informações e alterações relativas ao processo seletivo de que trata este Edital constarão do site www.cederj.edu.br/extensao.
I - DAS INSCRIÇÕES

As inscrições deverão ser feitas exclusivamente via internet, pelo preenchimento da ficha de inscrição no site da Fundação CECIERJ/Consórcio CEDERJ (www.cederj.edu.br/extensao), nos períodos previstos no item VII – Calendário.

Para inscrever-se, o candidato deverá ter domínio de navegação na internet e um e-mail pessoal ativo sem filtro antispam.

O candidato professor poderá inscrever-se em, no máximo, duas disciplinas a cada período letivo.

O licenciando só poderá completar a 4ª disciplina do curso de atualização após a comprovação da conclusão da licenciatura.

O candidato poderá se inscrever em disciplinas fora de sua área de formação e/ou atuação. No entanto, para certificação no curso de atualização serão necessárias 120 horas na mesma área.

No ato da inscrição, o candidato deverá escolher o polo cujo endereço lhe seja mais conveniente para a retirada de declarações ou certificados, dentre aqueles onde estão sendo oferecidos os cursos.
II - DA SELEÇÃO E DO RESULTADO

Caso o número de candidatos exceda o número de vagas disponíveis, será dada prioridade aos:

* Professores de escolas públicas em exercício no Estado do Rio de Janeiro, considerando as áreas de formação e atuação;
* Graduados na área específica; e
* Licenciandos de último ano.

A divulgação do resultado do processo seletivo será feita apenas no site (www.cederj.edu.br/extensao), seguindo o calendário (item VII), quando o candidato deverá confirmar sua participação nas disciplinas em que foi aceito e verificar se está na lista de espera para reclassificação. Não serão enviados e-mails para divulgação do resultado.

As vagas remanescentes dos candidatos que não confirmarem participação no prazo estabelecido no item VII serão imediatamente remanejadas para a lista de espera.

Caso sejam reclassificados, os candidatos em lista de espera serão avisados através de mensagem para o e-mail cadastrado no ato da inscrição. Não nos responsabilizamos por caixas de correio cheias, nem por mensagens bloqueadas por filtros antispam.

Não serão aceitas confirmações de participação por outros meios de comunicação que não o site, tampouco fora do prazo estabelecido no item VII.
III - DOS CURSOS

Os cursos de atualização estão organizados em disciplinas que serão oferecidas em dois períodos letivos. Cada disciplina tem carga horária de 30 horas.

O candidato poderá se inscrever em duas disciplinas por período letivo.

As informações sobre os cursos estão disponíveis nos links específicos de cada área na página eletrônica: www.cederj.edu.br/extensao

Login e senha para acesso ao ambiente virtual de aprendizagem (Sala de Aula) serão informados durante a confirmação de participação e a Sala de Aula somente será habilitada na data prevista para o início do período (ver item VII - Calendário).
IV - DA AVALIAÇÃO

Nas disciplinas ocorrerão avaliações a distância (AD), com datas e prazos previamente determinados.

Será atribuída nota zero a qualquer avaliação não realizada.

Só poderá participar da avaliação final o cursista que tiver realizado a quantidade mínima de avaliações a distância (ADs) exigida no guia de cada disciplina.

Serão considerados aprovados os cursistas que obtiverem nota final maior ou igual a 6,0 (seis).

Os resultados das avaliações serão publicados no ambiente virtual de aprendizagem (Sala de Aula) da Diretoria de Extensão.
V - DA CERTIFICAÇÃO

Será concedido certificado de atualização na área específica ao cursista que cumprir, com aprovação, carga horária mínima de 120 horas no período de 6 períodos letivos consecutivos e estiver em dia com a documentação (veja no item VI deste edital).

O tempo para a conclusão do curso de atualização é contado a partir do início do período em que ocorreu a primeira aprovação.

Os certificados estarão disponíveis aos candidatos aprovados e com documentação regular no polo do CEDERJ escolhido no ato da inscrição. Sob nenhuma alegação, serão encaminhados certificados e declarações pelos Correios.

Candidatos de fora do Estado do Rio de Janeiro poderão solicitar o envio por e-mail da versão eletrônica do certificado.

Uma declaração de participação, por disciplina, será emitida a todos os aprovados.
VI – DA DOCUMENTAÇÃO

O cursista deverá encaminhar os documentos relacionados abaixo um mês após o início do período letivo. Excepcionalmente, o prazo regular para o envio poderá ser estendido por mais um período trimestre letivo ao cursista licenciando. Os licenciandos do último ano só poderão completar a 4ª disciplina do curso após a comprovação de sua graduação.

Estão dispensados do envio os candidatos que já o fizeram em outra oportunidade.

Endereço para envio:
FUNDAÇÃO CECIERJ/CEDERJ - EXTENSÃO
Coordenador da área de ______________ (designar ÁREA)
Rua da Ajuda, 5, 16º andar - Centro - CEP 20040-000 - Rio de Janeiro - RJ

Documentos:

* Cópia do CPF;
* Cópia da carteira de identidade;
* Cópia do diploma que comprove a conclusão do curso de graduação na área específica do curso ou em áreas afins, ou declaração de conclusão com a data da colação de grau.
* No caso de licenciandos, declaração oficial da instituição informando que o aluno está cursando o último ano de Licenciatura;
* Se estiver em exercício de magistério, contracheque ou comprovante emitido pela escola.

Em caso de dúvida, o candidato poderá ligar para (21) 2333-1088 ou (21) 2333-1085, em dias úteis, das 9h00 às 17h00.
VII - DO CALENDÁRIO

1º semestre

* Inscrições: 27 de fevereiro até 27 de março
* Resultado da seleção e confirmação de participação: 30 de março a 8 de abril
* Período letivo: 17 de abril até 13 de julho

2º semestre

* Inscrições: 12 de julho a 15 de agosto
* Resultado da seleção e confirmação de participação: 20 a 26 de agosto
* Período letivo: 4 de setembro a 30 de novembro

VIII - POLOS

A lista completa com endereços e telefones dos polos está publicada no endereço: http://www.cederj.edu.br/extensao/index.php?option=com_content&view=article&id=110&Itemid=7
IX - DISPOSIÇÕES FINAIS

Os casos omissos serão resolvidos pela Diretoria da Extensão.

Última atualização (Sex, 02 de Março de 2012 10:08)

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