segunda-feira, 26 de dezembro de 2011




SEMPRE SERÁ NATAL!


Natal é viver nascendo dia a dia, é começar sempre.
Nascer dia a dia é descobrir as coisas boas e belas do mundo.
É crer na bondade da vida.
É saber que nascemos para sermos felizes.
É fazer o possível e o impossível para ter amigos e ser amigo.
É procurar fazer amigos na própria casa, na escola, na rua.
É não desanimar com as dificuldades da vida.
É amar cada pessoa que conhecemos.
É amar a Deus.
Natal se comemora e se vive todos os dias.
É Natal quando nasce uma criancinha.
É Natal quando o operário constrói casas.
É Natal quando o professor ensina, o médico cura, o aluno estuda.
É Natal quando nossos pais trabalham pela vida, dia a dia .
É Natal quando pessoas se unem para louvar e agradecer a Deus numa só oração.
Hoje é Natal.
Amanhã será Natal. Sempre será Natal.
Porque sempre haverá vida, sempre haverá progresso.
Sempre haverá esforço para crescer.
Sempre haverá Fé.
Sempre haverá Esperança.
Sempre haverá Amor.
Sempre haverá possibilidade de caminhar buscando a verdade.

FELIZ NATAL !







quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

UFRRJ abre inscrições para programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais







A Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) abrirá vagas para o programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS) para a turma de 2012 do Curso de Mestrado Acadêmico. As inscrições acontecem entre os dias 02 e 13 de janeiro.

O PPGCS tem como objetivo formar profissionais qualificados para as atividades de pesquisa e docência em Ciências Sociais, destinando-se a capacitar graduados para a pesquisa especializada e oferecer formação que permita a análise dos problemas sociais a partir dos referenciais teórico metodológicos dos três campos disciplinares das Ciências Sociais: Antropologia, Sociologia e Ciência Política. O estudo se dá a partir de abordagens interdisciplinares no tratamento de questões que, pela sua complexidade, não se esgotam em um único campo de saber.

Para mais informações e inscrições acesse o site http://r1.ufrrj.br/wp/ppgcs/, envie e-mail para selecaoppgcs@ufrrj.br ou vá até a Secretaria do PROPPG – UFRRJ no Campus Seropédica, sala 115, P1 na BR 465 Km 7, Seropédica, RJ - CEP.: 23890-000 - Tel./Fax: (21) 26814707.

Professores e servidores da Educação receberão bônus de R$ 500

Professores e servidores da Educação receberão bônus de R$ 500


Professores e servidores da Secretaria de Estado de Educação receberão um bônus de fim de ano, no valor de R$ 500. O total investido será de R$ 36 milhões. A quantia será depositada nesta sexta-feira, dia 23.

Segundo o secretário de Estado de Educação, Wilson Risolia, a melhoria dos gastos na Seeduc, para que mais investimentos fossem revertidos para a categoria, foi uma das ações prioritárias anunciadas no início de 2011 como parte do planejamento estratégico da Secretaria para os próximos anos.

Risolia lembrou, ainda, que a decisão pelo bônus foi uma forma de reconhecimento à categoria, que tem colaborado para que a Secretaria atinja as metas estabelecidas, como reduzir a desigualdade da rede de ensino.

Em levantamento feito pela Seeduc junto a professores e servidores, foi constatado que 86% concordam com o planejamento estratégico que vem sendo realizado.

“Essa dedicação e compromisso merecem ser reconhecidos”, disse Wilson Risolia.

O secretário destacou que a Seeduc vem cumprindo a missão de valorizar a carreira. Além deste bônus (outro no mesmo valor foi concedido no fim de 2010), a categoria este ano foi contemplada com auxílio-transporte; auxílio-qualificação; formação continuada para docentes, com bolsas de estudo de R$ 300; aumento do valor da GLP em 70%; mais de 12 mil enquadramentos em 2011 (o dobro do número de 2010); e mais de dois mil enquadramentos por formação referentes ao segundo semestre de 2011, que serão pagos nas primeiras semanas janeiro.

Na volta às aulas, em fevereiro de 2012, a categoria ganhará, também, a Escola Seeduc, voltada para cursos exclusivos para professores e servidores.

“Nossos docentes, e a Secretaria, merecem comemorar. Este ano, demos início à inclusão do currículo mínino na rede e às avaliações, que estão sendo copiadas por outros estados. Tivemos média de 77% de participação no Saerjinho. O que mais devemos dizer aos professores e servidores é: muito obrigado”, afirmou o secretário.

Fonte: 
http://www.rj.gov.br/web/seeduc/exibeconteudo?article-id=721492

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Conheça a avaliação das 20 metas do Plano Nacional da Educação




Em algumas delas, especialistas veem avanços. Em outras, criticam a falta de ousadia. Investimentos em educação é a mais polêmica

A opinião entre quem pensa e discute educação é unânime: o novo Plano Nacional de Educação, que traça as metas para o setor nos próximos dez anos, avançou em relação ao que está em vigor. Porém, ficou aquém do esperado. O motivo de maior descontentamento, sem dúvida, é com a previsão de investimentos na área. As entidades educacionais esperavam que a proposta de destinar 10% do PIB à área fosse mantida. Ou, pelo menos, que os 7% determinados no texto fossem programados para menos tempo: em quatro anos
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“O plano é um piso e representa o que foi possível de ser alcançado até agora, mas precisamos avançar no Congresso Nacional. Calculamos que, com base no custo-aluno qualidade, seria preciso destinar pelo menos 8% do PIB à educação”, afirma Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. Ele explica que, dentro dos cálculos feitos para o mínimo de investimentos necessários por aluno para que as escolas ofereçam ensino de qualidade, 80% seriam destinados a pagamentos de profissionais da educação.
Por isso, nesse aspecto, Cara acredita que o Ministério da Educação acertou ao colocar a valorização dos docentes e profissionais das escolas como prioridade no plano. Porém, ele também ressalta que a colaboração efetiva entre municípios, Estados e União na divisão dos investimentos deveria estar mais clara. “As estratégias sobre como se dará o regime de colaboração estão frágeis. Era preciso apontar o que e como cada um tem de colaborar para que as metas sejam cumpridas”, destaca o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Carlos Sanches.
Cleyton Gontijo, professor do Departamento de Planejamento e Administração da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília, acredita que o plano possui metas possíveis de serem atingidas. “O grande desafio, na minha avaliação, é cumprir a Emenda Constitucional 59, que tornou obrigatória a oferta de educação para estudantes de 4 a 17 anos até 2016. Mas me questiono se os recursos serão suficientes”, pondera. Gontijo afirma que o plano também precisava definir metas intermediárias para facilitar o acompanhamento delas.


Confira as 20 metas do novo PNE


Meta 1: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de 4 e 5 anos, e ampliar, até 2020, a oferta de educação infantil de forma a atender a 50% da população de até 3 anos.
O atendimento das crianças de 0 a 3 anos de idade voltou a ser meta do plano de 2011 a 2020. Desde o projeto antigo, a ideia era que 50% das crianças estivessem matriculadas em creches. A Conae queria que o prazo dessa inclusão fosse mais curto: até 2012. Até 2016, deveria haver a universalização do acesso. Para Haddad, mesmo repetida, essa é a meta mais ousada do pacote. A universalização das matrículas para as crianças de 4 aos 17 anos foi definida em 2009, pela Emenda Constitucional 59. “Para nós, o financiamento dessa inclusão não está claro e não conseguiremos cumpri-la sem dinheiro novo”, afirma Carlos Sanches.

Meta 2: Universalizar o ensino fundamental de nove anos para toda a população de 6 a 14 anos.
A partir deste ano, isso já deveria ter ocorrido. O objetivo foi quase cumprido, mas o ministro Fernando Haddad admite ainda há crianças fora da escola. “Há 2% dos estudantes brasileiros nessa faixa etária fora da escola. E eles já foram alfabetizados, nós sabemos disso. Precisamos trazê-los de volta, por isso a meta está aí”, afirmou. Para o presidente da Undime, a inclusão dessa meta foi “um cuidado positivo do MEC”.
Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até 2020, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%, nesta faixa etária.
Pela Emenda Constitucional 59, todos terão mesmo de ser incluídos. Mas o desafio de garantir a permanência desses alunos na escola é grande. Em 2009, a taxa de escolarização líquida nessa faixa etária foi de apenas 50,9%. Para tentar mantê-los estudando, o novo PNE aposta na diversificação curricular, investimento na formação de professores, em equipamentos e laboratórios e a criação de programas de correção de fluxo. Aumentar as matrículas do ensino médio integrado ao profissionalizante e colocar o Enem como seleção de vagas para o ensino superior também são estratégias propostas. "É uma demanda estudantil, inclusive", justifica o ministro.

Meta 4: Universalizar, para a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino.
Sanches avalia que esse público foi bem representado no plano. A proposta prevê o repasse de recursos suplementares para atender esses estudantes, a implantação de salas de recursos multifuncionais para atender necessidades específicas desses alunos e fomentar ações que promovam a inclusão deles. “Um aluno não pode deixar de estudar porque tem uma deficiência. Temos de adaptar uma escola para ele”, destaca o ministro Haddad.

Meta 5: Alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os oito anos.
Para isso, o plano define a estruturação do ensino fundamental de nove anos com um ciclo de alfabetização de três anos. Orientação do Conselho Nacional de Educação, a proposta é que os estudantes não sejam reprovados durante esse ciclo. Eles ganhariam mais tempo para aprender a ler e a escrever, mas nenhum poderia ser deixado para trás. O PNE também prevê a aplicação de exames específicos para avaliar a alfabetização dos alunos, o que já acontece com a Provinha Brasil, aplicada aos alunos do 2º ano do ensino fundamental.

Meta 6: Oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de educação básica.
Essa também não será uma meta simples de ser cumprida. Há 197 mil escolas de educação básica no País. Não há um dado preciso sobre quantas escolas funcionam em regime integral no País. Financiadas por recursos do MEC, são apenas 10 mil escolas, que atendem quase R$ 3 milhões de alunos. O ministro acredita que uma saída será buscar parcerias com entidades como o Sesc e Senai para garantir nessas entidades atividades no contraturno para os alunos.

Meta 7: Atingir as seguintes médias nacionais para o IDEB:
IDEB
2011
2013
2015
2017
2019
2021
Anos iniciais do ensino fundamental
4,6
4,9
5,2
5,5
5,7
6,0
Anos finais do ensino fundamental
3,9
4,4
4,7
5,0
5,2
5,5
Ensino médio
3,7
3,9
4,3
4,7
5,0
5,2
Fonte: Ministério da Educação

As metas de qualidade não faziam parte do plano anterior. Por enquanto, o Brasil está cumprindo os objetivos previstos para cada etapa. O repasse de mais recursos para os municípios com pior rendimento e que tenham conselhos escolares ativos é bem visto pelas entidades ligadas ao setor. A proposta agora é incluir uma avaliação de ciências na Prova Brasil – exame de português e matemática feito por alunos da educação básica cujos resultados compõem o Ideb – e incorporar o Enem ao sistema de avaliação da educação básica. Não há prazos para isso e o ministro admite que o tema terá de ser discutido com representantes de governos estaduais e municipais, já que o Enem é não é feito por todos os alunos.

Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 a 24 anos de modo a alcançar mínimo de 12 anos de estudo para as populações do campo, da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres, bem como igualar a escolaridade média entre negros e não negros, com vistas à redução da desigualdade educacional.

A proposta é aumentar a escolaridade dos trabalhadores brasileiros. Dados analisados pela Síntese de Indicadores Sociais, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que somente 37,9% das pessoas com idade entre 18 e 24 anos tinham 11 anos de estudo em 2009. E são poucos os que continuam frequentando a escola: apenas 5,4%. A formação profissional e técnica é considerada essencial para o cumprimento dessa meta.

Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e erradicar, até 2020, o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.
Esse é um dos desafios antigos, que já fazia parte do plano decenal anterior. O Brasil ainda possui 14,1 milhões de analfabetos com mais de 15 anos. Fazer com que os brasileiros adultos não-alfabetizados voltem à escola, para especialistas, é o grande empecilho para erradicar o analfabetismo. Haddad acredita que, primeiro, outros áreas – saúde e assistência social – precisarão se unir para encarar a tarefa. Além de oferecer algum tipo de benefício para que o adulto se escolarize, o ministro acredita que a falta de saúde visual impede muitos brasileiros de continuar estudando. Na opinião da Undime, as estratégias para erradicação do analfabetismo foram bem definidas.

Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos na forma integrada à educação profissional nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio.
Tornar a escola mais atraente e manter o aluno estudando até o fim é um desafio também para cumprir a meta 8, que trata da escolarização dos jovens adultos. O plano prevê a criação de uma ação nacional para reestruturação e aquisição de equipamentos para as escolas públicas que atuam com educação de jovens e adultos (o antigo supletivo).

Meta 11: Duplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta.

A proposta não atende exatamente o que propunha a Conae, que queria o número de vagas da educação profissional triplicado até 2015. O plano fala da duplicação durante a década. Haddad afirmou que as metas foram calculadas revendo o investimento de 7% do PIB nos próximos dez anos. Se os deputados decidirem ampliar as vagas na rede profissional, terão de mexer na previsão de recursos. O tema promete voltar aos debates no Congresso.

Meta 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta.
A definição de metas específicas para que as universidades adotem medidas para aumentar a quantidade de formandos não haviam aparecido no plano anterior, que contemplava somente metas de maior acesso às vagas. A proposta é que as instituições públicas formem 90% de seus alunos (a evasão em alguns cursos chega a 50%) e ofereçam um terço das vagas em cursos noturnos. O PNE também quer mudanças nos currículos: 10% do total de créditos curriculares devem ser destinado a programas e projetos de extensão. As cotas raciais, aprovadas na Conae, foram excluídas do plano.

Meta 13: Elevar a qualidade da educação superior pela ampliação da atuação de mestres e doutores nas instituições de educação superior para 75%, no mínimo, do corpo docente em efetivo exercício, sendo, do total, 35% doutores.

O investimento na formação dos professores é considerado um avanço pelos especialistas. Para eles, de fato, a qualidade de ensino oferecida aos estudantes só melhora a partir do momento que os professores são capacitados. Nessa meta, um item promete novos debates no Congresso: o MEC propõe a substituição do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) aplicado aos calouros pelo Enem. Como a avaliação do ensino médio é voluntária, não há definições sobre como essa substituição poderia ocorrer.

Meta 14: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores.
Os especialistas também apóiam a decisão de estimular a expansão da pós-graduação. Hoje, cerca de 30 mil mestres e doutores são formados por ano no País. Para isso, a expectativa é a de que o financiamento de cursos seja ampliado pelo Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies).
Meta 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, que todos os professores da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.
O ministro da Educação disse que essa precisa ser a “década de valorização dos professores”. Os especialistas concordam que esse deve ser um ponto central do plano e elogiam a iniciativa de criar uma política nacional de formação e valorização dos profissionais da educação em um ano. Porém, criticam a falta de clareza sobre como será a parceria entre Estados, municípios e União. “A maioria dos municípios consegue pagar o piso, mas não oferece uma carreira atraente. Falta dinheiro. Precisaremos de 20% a mais de profissionais em quatro anos e não temos como resolver”, diz o presidente da Undime.

Meta 16: Formar 50% dos professores da educação básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu, garantir a todos formação continuada em sua área de atuação.
Gontijo considera a formação dos professores essencial para o cumprimento das metas nos próximos anos, por isso defende a proposta. Para ele, considerando o universo de docentes brasileiros, a ambição é ousada. “É necessário qualificarmos melhor os professores para garantir educação de qualidade, acho que as metas do Ideb passam por isso. Essa é uma meta muito interessante, mas audaciosa”, afirma.

Meta 17: Valorizar o magistério público da educação básica a fim de aproximar o 
rendimento médio do profissional do magistério com mais de onze anos de escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente.
Os especialistas elogiaram a criação de um fórum que acompanhe essa atualização dos salários. Mas se preocupam em quem pagará essa conta, já que há municípios e Estados que alegam não ter adotado o piso salarial, hoje em R$ 1.024, por falta de recursos. Haddad não descartou a possibilidade de as mesas de negociação incluírem a participação do governo federal para que a meta se consolide.
 
Meta 18: Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais do magistério em todos os sistemas de ensino.
A prova nacional de admissão de docentes para contratação de professores, hoje já feita pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A meta é chegar a 90% de servidores nomeados em cargos efetivos durante o plano.

Meta 19: Garantir, mediante lei específica aprovada no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a nomeação comissionada de diretores de escola vinculada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à participação da comunidade escolar.
Os gestores que não utilizarem critérios claros para a escolha
de diretores nas escolas públicas poderão ser punidos. A nomeação de gestores escolares pelas secretarias de educação não é aprovada pelas entidades e ainda ocorre em muitos municípios. O MEC sugere a criação de uma prova nacional específica para diretores, que poderia ser utilizada para ajudar a adoção de critérios técnicos e de mérito nessa tarefa.


Meta 20: Ampliar progressivamente o investimento público em educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do produto interno bruto do país.

Essa é a meta que mais provoca discussões e preocupações entre os especialistas. Durante a Conae, apontou-se a vontade de que esse percentual de investimentos fosse atingido em 2011 e chegasse a 10% em 2014. Para eles, os recursos definidos no PNE não serão suficientes. “Essa era a parte que deveria ser a mais forte, mas inexplicavelmente é a mais fraca. Em 2001 o parlamento propôs que esse (7% do PIB) fosse o gasto em 2010. Estamos prorrogando por mais dez anos a meta não alcançada”, critica o consultor educacional Luiz Araújo. Daniel Cara acredita que é preciso fortalecer também o papel do custo-aluno qualidade, que define padrões mínimos de investimento por estudante. O tema promete ser muito debatido no Congresso ainda.

Por: Priscilla Borges,
Fonte:  iG Brasília |

Plano Nacional prevê 8% de investimento do PIB para educação



Comissão Especial da Câmara propõe porcentual abaixo do solicitado por entidades e acima do proposto pelo governo



A Comissão Especial da Câmara dos Deputados protocolou nesta segunda-feira o relatório final do Plano Nacional de Educação que deve ser lido na terça-feira às 14h30. O documento define as estratégias para o setor para a década entre 2011 e 2020. O porcentual do Produto Interno Bruto (PIB) do País destinado à Educação, que era o ponto mais polêmico, ficou fixado em 8% até o fim da década. O projeto original do governo previa 7% e as entidades de defesa da área pediam 10%.

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A leitura do relatório foi agendada e adiada cinco vezes. O relator da comissão, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR) chegou a declarar que o total chegaria a 8,29% do PIB na semana passada, mas ele e outros parlamentares da base foram vencidos em discussões com o governo.
Após a leitura, abre-se o prazo de cinco sessões para apresentação de novas emendas ao texto. Desde a semana passada, vários parlamentares que são membros da comissão especial criada para avaliar o plano previam que caso a meta definida pelo relator fosse inferior a 10% do PIB seriam apresentadas mais emendas para tentar aumentar o patamar de investimento. Caso seja feito algum pedido de vista ao relatório, a aprovação do projeto pode ficar para 2012 já que o recesso parlamentar começa em 22 de dezembro.
A versão original do relatório recebeu quase 3 mil propostas de emendas, um recorde do Congresso Nacional.

Principais mudanças
Entre as principais alterações está a garantia de atendimento educacional especializado para estudantes com deficiência que preferirem uma escola especializada. O ponto é polêmico, pois educadores defendem que cabe inclusão em todos os casos, mas instituições especializadas defendem que alguns estudantes perdem tempo em salas comuns.
A proposta do governo tratava somente da universalização do atendimento dos alunos com deficiência de quatro a 17 anos de idade na rede regular de ensino. O relatório de Vanhoni manteve a universalização, mas criou uma ressalva: caso não seja possível integrar esse aluno em classe comum, ele terá assegurado atendimento especial.
Outra demanda dos professores foi atendida no relatório. O projeto original trazia como meta a aproximação do rendimento dos professores àquele de profissionais de mesmo nível de escolaridade com equiparação até o fim da década. Pelo relatório, o governo terá seis anos para garantir que a renda do magistério some 80% da média dos outros profissionais. Ao final de dez anos, deverá atingir 100%.
O relatório também amplia a meta de expansão do ensino profissional técnico de nível médio. O governo propôs a duplicação dessas matrículas em dez anos. De acordo com o parecer, contudo, as matrículas serão triplicadas no mesmo período.
Já no caso do ensino em tempo integral, em que os estudantes têm aulas nos dois períodos do dia, o parâmetro de avaliação de cumprimento da meta também mudou. Pela proposta original, até 2021 deveriam ser oferecidas classes integrais em pelo menos 50% das escolas de todo o País. Segundo o documento apresentado hoje, em dez anos esse tipo de atendimento deverá beneficiar pelo menos 25% de todos os alunos da rede pública de educação básica.


Campanha comemora e critica
A Campanha Nacional pela Educação, que congrega ONGs e entidades representativas, como a União Nacional dos Dirigentes Municipais, em uma primeira análise, avalia que o projeto apresentado avança em relação ao original do governo, mas precisa de revisões. Em nota, a campanha comemora dois pontos e critica outros três.
Para o movimento, o principal avanço foi a melhoria no Custo Aluno Qualidade Inicial (CAQ). O indicador foi incorporado pelo CNE (Conselho Nacional de Educação) em maio do ano passado a partir de estudos feitos pela campanha com insumos como remuneração condigna dos profissionais da educação, formação continuada dos educadores, número adequado de alunos por turma, equipamentos e materiais didáticos, transporte e alimentação escolar, entre outros. 
Outro ponto enaltecido é o reforço do controle social. "Em primeiro lugar, para boa parte das metas, foram estabelecidas submetas ou metas intermediárias. Depois, foi determinada a inclusão das informações advindas das pesquisas e censos demográficos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no escopo dos dados a serem utilizados para o monitoramento do novo plano. Por último e complementarmente, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) ficará obrigado a produzir análises bienais para subsidiar a avaliação do novo PNE, que vigorará pelos dez anos imediatamente seguintes à sua aprovação", diz a nota. 
A Campanha, no entanto, avalia que há necessidade de mudanças essenciais no texto proposto pelo deputado. "A falha mais grave se dá na indeterminação de responsabilidades financeiras entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios. Em termos práticos, isso inviabiliza a expansão de matrículas com base em padrões de qualidade e coloca em risco a valorização dos profissionais da educação."
Também há críticas em relação a concepções pedagógicas como a questão da alfabetização até os 7 anos de idade, considerada precoce e em relação ao porcentual de investimento considerado baixo.

Fonte:
iG São Paulo | 05/12/2011

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