EDUCAÇÃO INFANTIL








A educação de crianças de 2 a 6 anos

O sentimento de pertencer a um grupo, de ser uma pessoa importante e querida e a percepção crescente da capacidade de aprender são aspectos fundamentais da formação de nossos alunos. Nesse sentido, a primeira etapa da vida escolar das crianças visa formar estreitos vínculos com professores e funcionários e com todas as situações de aprendizagem no dia-a-dia.
Em um clima de afeto e confiança, as crianças adquirem segurança em suas própria capacidades expressivas, vivenciando múltiplas oportunidades para o desenvolvimento da criatividade e do prazer pelo conhecimento e a cultura.


O papel dos valores na Educação Infantil e 1º ano

Na Educação Infantil, as crianças compartilham um conjunto de situações regulares em sua forma e freqüência, que envolvem ações estruturantes para o bem-estar na escola e para a progressiva construção de valores significativos na interação social, como a autonomia e a cooperação.
Nessa primeira etapa, ser autônomo está relacionado à capacidade de assumir pequenas responsabilidades considerando as necessidades pessoais e do outro, dentro de regras e limites valorizados para uma convivência saudável.
Os alunos cuidam dos próprios pertences, dos materiais de uso comum, consideram as colocações do outro colega ou adulto- e reconhecem a potencialidade do diálogo como forma de expor seu ponto de vista e compreender as diferentes situações.
Precisa-se Criar espaços reais de participação das crianças pequenas valoriza a possibilidade que elas têm ao mesmo tempo em que a insere de verdade na vida da escola.
Além de propor um espaço para brincar e conviver com os outros, a Educação Infantil e 1º ano devem destacar a interação com os diversos aspectos da cultura como eixo estruturante da aprendizagem nesse segmento escolar.


IDENTIDADE E AUTONOMIA

A construção da identidade e autonomia refere-se ao progressivo conhecimento que as crianças vão adquirindo de si mesmas, a auto-imagem que através deste conhecimento se vai configurando e à capacidade para utilizar recursos pessoais de que disponha a cada momento.
Na Educação Infantil, fomentar a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças pequenas significa ajudá-Ias a progredir na definição da própria identidade, no conhecimento e na valorização de si mesmas.
Procuramos, então, criar um ambiente conhecido e seguro para elas, no qual todas as pessoas são chamadas pelos nomes e pouco a pouco se tornam referências.
Consideramos que as situações educativas que a criança vive na escola e a maneira como as educadoras tratam essas atuações serão muito importantes na formação dos conceitos de si mesmas.
Na escola, quando as crianças aprendem, por exemplo, a ordenar um joguinho, a brincar com carrinhos, estão também aprendendo muitas coisas sobre elas mesmas, que lhes permitem formar uma opinião sobre si.
Portanto, a construção de uma auto-imagem positiva requer que, na escola, as crianças tenham experiências em situações que Ihes permitam ganhar confiança em suas capacidades e que sejam vistas como crianças com possibilidades. Isso dá segurança, que é um elemento básico para atrever-se a explorar novas situações, novas experiências. É importante observar que não se trata de renunciar à exigência e ao controle, e sim, de endereçá-Ia a um contexto comunicativo, afetuoso e respeitoso.
“Trata-se de combinar as metas com o alento para superá-Ias, a correção com o encorajamento, o reconhecimento dos limites com as possibilidades.”


LINGUAGEM ORAL E ESCRITA

A linguagem verbal é o instrumento básico da comunicação e representação dos seres humanos e é o que nos identifica como tal. Desde a infância até a vida adulta, a linguagem é o verdadeiro motor do pensamento, o que nos permite ativá-Io e organizá-Io.
Na Educação Infantil, o enfoque de trabalho da língua oral deverá ser basicamente procedimental, isto é, a maioria dos conteúdos que as crianças aprendem são procedimentos de utilização da língua, através dos quais aprendem atitudes e conceitos relacionados com a linguagem.
Os trabalhos de iniciação à língua escrita estão relacionados aos aspectos comunicativos da língua: a escrita serve para saber coisas, para divertirmo-nos, para estarmos informados, para aprender, para conhecer a marca de um produto, etc.. Procuraremos apresentar às crianças propostas para que ela utilize a escrita em situações que tenham sentido, vamos falar e dar informações sobre a língua escrita em situações significativas para a
maioria das crianças (livrinhos de Ieitura , receitas, bilhetes, poesias...).
Quando se toma a escrita em sua totalidade, temos, em jogo, o conhecimento sobre as diferentes formas de discurso: as diferentes circunstâncias de uso e os diferentes formatos que podem tomar os textos escritos. Temos ainda, um sistema codificado que permitirá que pessoas possam se comunicar por escrito. No caso de nossa língua trata-se de um sistema alfabético.
Se o tomarmos em separado de seu uso, tratamos o sistema alfabético como um código e se transforma em uma habilidade, uma mera técnica. Se o tomarmos, entretanto, como fundamental para o processo de comunicação na língua escrita e se, entendermos a produção de textos como ponto de partida (e de chegada) de todo o processo ensino/aprendizagem desse objeto, o código alfabético passa a ser um sistema de representação. Produzindo e lendo textos, ainda que não de acordo com as convenções desse sistema, as crianças estarão sendo convidadas a refletir sobre a escrita em sua totalidade, sobre o sistema de representação e as formas que ganha esse sistema a depender do uso que dele se faz. O código alfabético deixa de ser um sistema fechado e ganha vida.
São três os períodos básicos do processo de compreensão do nosso sistema de representação:
· No primeiro a criança começa a diferenciar a escrita e outros sistemas de representação, principalmente do desenho. Neste período a escrita passa a ser considerada um objeto substituto, portanto um sistema de representação.
· O segundo período é caracterizado pela busca por parte das crianças, de certas propriedades de legalidade no eixo quantitativo, que deve ter a escrita. As crianças pensam que a escrita deve ter um mínimo de caracteres (geralmente dois ou três) para que diga algo. No eixo qualitativo, cada produção escrita deve ter uma variedade interna, isto é, os caracteres devem ser diferentes.
· O terceiro período começa precisamente quando a criança corresponde partes sonoras. Implica em atribuir uma letra para cada sílaba. No eixo qualitativo, a criança começa a colocar letras semelhantes para partes sonoras parecidas. As contradições existentes neste período fazem com que um novo processo de construção seja iniciado. A criança passa
por um período de transição em que se mesclam idéias características do período silábico e do sistema alfabético, até que possa escrever de maneira sistemática, atribuindo as letras necessárias para representação dos fonemas necessários.


MATEMÁTICA

O trabalho no âmbito da matemática, na idade pré-escolar, ajuda a criança a compreender, a ordenar a realidade (as características e as propriedades dos objetos) e também a compreender as relações que se estabelecem entre os objetos (semelhança, diferença, correspondência, inclusão, etc.).
Os conteúdos relativos à linguagem matemática que serão desenvolvidos na Educação Infantil são:
· A análise das propriedades dos objetos e das relações quepodemos estabelecer.
· Ao ordenar, classificar e comparar os objetos, as crianças. aprendem conceitos, semelhanças e diferenças e começam a conceitualizar as formas, as cores, as propriedades dos objetos.
· O início da quantificação
- Conhecimento dos quantificadores .
- Conhecimento da série numérica
· A resolução de situações-problema.
· A medida do espaço (longe, perto, aqui, ali) e a medida do
tempo (ontem, hoje, antes, depois, etc.).
· A representação do espaço.
Nesta idade as crianças já começam a identificar as formas geométricas e a identificá-Ias no espaço imediato.


ARTES

A partir dos dois anos de idade, as crianças estão muito interessadas em atividades que permitam a representação plástica. No início pintam e fazem rabiscos por simples prazer. Aos poucos, dão-se conta que podem representar a realidade de maneira que cada vez possa ser mais reconhecida e os seus desenhos vão se tomando mais fiéis à realidade.
As principais capacidades que se desenvolvem através das
plásticas são:
· Formação de conceitos: a observação e a análise da realidade servem para ampliar os conceitos.
· Habilidade manual.
· Imaginação e fantasia
Para desenvolver essas capacidades partiremos das elaborações próprias das crianças para que possam ir melhorando-as à ampliando-as através da observação da realidade, ajuda e comentários da professora, apreciação de suas próprias obras e de artistas famosos.
Conceitos como “figurativo” e “abstrato” podem ser apresentados à criança desde a educação infantil por intermédio
de imagens, e sua assimilação dar-se-á por aproximações sucessivas. São exemplos de respostas dos alunos que passam pelo momento conceitual, para definir o figurativo e o abstrato, “o tudo direitinho” e o “tudo bagunçado”.
Os procedimentos (“conjunto de ações ordenadas e orientadas para a consecução de uma meta”) são aprendidos quando executados. Os alunos aprenderão procedimentos de pintura, desenho, gravura, modelagem, colagem, etc. O papel do professor será o de garantir oportunidades constantes para tais
exercícios e apoiar o aluno em seus afazeres, levando-o à autonomia progressiva na execução das tarefas.


Jogos e Brincadeiras

Os jogos e brincadeiras de movimento são atividades que através de vários gestos (saltos, corridas, lançamentos, equilíbrios, chutes, etc) estimulam o desenvolvimento do corpo e do movimento.
Consideramos esses jogos importantes para a produção do conhecimento, para o desenvolvimento da moralidade, da afetividade, do corpo e do movimento das crianças, além de serem situações desafiadoras e significantes. As professoras estão sempre preocupadas em construir um ambiente sócio-moral e afetivo positivo, não privilegiando a competição, não selecionando e excluindo os participantes nos jogos, não admitindo risos, gozações e humilhações. Haverá também muito cuidado em não propor jogos que ponham em risco a integridade física da criança.


NATUREZA E SOCIEDADE

É importante para a formação integral de nossos alunos que as crianças encontrem na escola desde cedo, um espaço vivo de informações sobre diferentes conteúdos que compõem o universo de conhecimentos construídos pelos homens em sociedade. Dentre eles estão aqueles organizados pelas Ciências Sociais e Ciências Naturais.
Nossas orientações didáticas desses conteúdos consideram aspectos referentes à estrutura de cada disciplina, atentam para as limitações e peculiaridades do desenvolvimento cognitivo do aluno desta faixa etária e preocupam-se com os métodos para transmitir os conhecimentos.
Considerando os resultados das pesquisas piagetianas sobre a formas como se desenvolve o conhecimento e a noção de tempo na criança, antes dos sete anos, a ênfase curricular deve acontecer sobre temas da vida cotidiana, isto não significa, entretanto, que não possam ocorrer temas da história, tratados recortados no tempo.
Nas classes do Infantil, de acordo com essa orientação, trabalharemos com temas da vida cotidiana e com fenômenos históricos tomados em um determinado momento.
Um dos objetivos dentro é que as crianças construam uma idéia ampla do universo científico, que saibam que ele inclui diversos assuntos e também que tenham uma postura investigativa, curiosa frente a eles. Não importa o tema discutido, conquanto que faça as crianças pensarem sobre o objeto Ciências, que amplie seu conceito do que ele abrange e que aumente o número de fatos e fenômenos que a criança possa observar, relacionar, tornando o conhecimento cada vez mais significativo.

MÚSICA

Na Educação Infantil, as crianças começam a vivenciar ritmos, gestos, jogos motrizes através de canções e danças. Os conteúdos são organizados em dois blocos:
a) O Fazer Musical
· Participação em jogos e brincadeiras que envolvam a dança.
· Repertório de canções para desenvolver memória musical.
· Reconhecimento e utilização das variações de velocidade e densidade na organização e realização de algumas, produções musicais.

b) Apreciacão Musical
A apreciação musical refere-se à audição e à interação com
músicas diversas:
· Escrita de obras musicais de diversos gêneros, estilos, épocas e culturas, da produção musical brasileira e de outros povos e países.
· Informações sobre as obras ouvidas e seus compositores.
Isso é um começo.......é uma tentativa de ver e sentir a educação infantil de um jeito diferente, comprometido e prazeroso...........

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