segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Pisa: Brasil avança, mas continua mal colocado no ranking mundial da educação


Programa Internacional de Avaliação de Alunos aponta que a matemática ainda é o ponto mais fraco dos brasileiros

O Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês) trouxe uma boa notícia para o Brasil: a média do país subiu 33 pontos entre 2000 e 2009. Os números, porém, devem ser comemorados com moderação. O Brasil ainda está nos últimos lugares da avaliação – 54º de 65 países – e a maioria dos estudantes não passou do primeiro em seis níveis de conhecimento. Os resultados apontam que nenhum aluno que fez a prova chegou ao nível mais alto em ciências e só 20 chegaram ao nível 6 em leitura e matemática.

> Confira os números revelados pelo Pisa e veja quais foram as principais conclusões do exame

O país teve a terceira maior evolução nas médias de 65 nações e conseguiu superar a barreira dos 400 pontos em leitura e ciências, mas ficou abaixo desse patamar em matemática.

O Pisa avalia estudantes de 15 anos completos em todos os países membros da OCDE, mais os convidados – como Brasil, México, Argentina e Chile, entre outros. Em 2009, ano da prova mais recente, foram selecionados 400 mil jovens em todo o mundo, incluindo 20 mil brasileiros de todos os Estados. A escolha pela faixa etária permite uma comparação entre os diferentes países.

A matemática ainda é o ponto mais fraco dos brasileiros. Apesar de ter subido 16 pontos, a média nacional – de 386 – ainda fica 111 pontos abaixo da média da OCDE. Em ciências, a média brasileira subiu 15 pontos e chegou a 405, enquanto em leitura, onde houve a maior evolução – 17 pontos –, alcançou 412.

Os melhores números, no entanto, ainda deixam uma boa parte dos alunos pelo caminho. Em leitura, quase metade dos brasileiros avaliados alcança apenas o nível 1. Em três anos, houve uma melhoria de apenas seis pontos percentuais. O nível 1 significa que esses adolescentes são capazes de encontrar informações explícitas nos textos e relacioná-las com o dia a dia deles. E só. Não são analfabetos, mas têm somente o grau mínimo de habilidade de leitura.

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