segunda-feira, 13 de junho de 2011



Greve de professores do RJ tem adesão de 60% da classe, diz sindicato

Secretaria estadual de Educação afirma que grevistas não chegam a 2%.
Protesto completa uma semana na terça, quando haverá assembleia geral.

Do G1 RJ

A greve dos professores do estado do Rio já tem adesão de 60% da categoria, nesta segunda-feira (13), de acordo com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe). A Secretaria estadual de Educação, no entanto, afirma que os grevistas não chegam a 2% dos 51 mil professores.
Os professores afirmam que o objetivo é reivindicar melhores salários e condições de trabalho para a classe. Segundo diretores do Sepe, nesta terça-feira (14), quando a paralisação completa uma semana, haverá uma assembleia geral para avaliar o movimento, definir calendário e decidir se a greve vai continuar. A reunião será às 14h, no Clube Municipal, na Tijuca, Zona Norte do Rio.
Segundo a secretaria, a pauta de reivindicações está sendo analisada junto com as Secretarias de Fazenda e de Planejamento. A rede estadual de ensino conta com 1.457 unidades escolares, 1,1 milhão de alunos e 75 mil professores, sendo 51 mil regentes de turma.
Muitos deles participaram do protesto dos bombeiros realizado na orla Copacabana, na Zona Sul do Rio, neste domingo (12). Para eles, o movimento dos bombeiros serviu como exemplo para as autoridades públicas.
Nesta segunda, integrantes do sindicato continuarão percorrendo as escolas. À noite, segundo diretores do Sepe, haverá assembléias regionais e de núcleos, para recolher propostas para a assembleia desta terça.
ManifestaçãoNa sexta-feira (10), uma manifestação de alunos e professores da rede estadual de ensino interditou a Avenida Presidente Antonio Carlos, no Centro do Rio.
O grupo seguiu em direção à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj),  para se juntar aos militares do Corpo de Bombeiros, que protestavam no local.

 

Sem acordo com governo, professores mantêm greve no RJ

Os líderes do movimento grevista dos professores estaduais do Rio de Janeiro foram recebidos para uma reunião com o secretário estadual de Educação, Wilson Risolia, no fim da tarde desta quinta-feira. Os docentes apresentaram as principais pautas de reivindicações, mas não houve acordo com o governo e a greve iniciada na terça-feira segue por tempo indeterminado nas escolas públicas.
De acordo com a diretora do Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe), Ivonete Conceição da Silva,
os professores cobram um reajuste salarial de 26%. "Eu sou professora há 18 anos. Há 15 não temos reajuste salarial, apenas gratificações que não são incorporadas ao nosso salário. Reivindicamos a valorização do nosso trabalho porque R$ 619 é uma vergonha, isso não é salário de professor", afirmou.
Os líderes do sindicato afirmaram que 70% dos profissionais aderiram ao movimento grevista e que, na sexta-feira, será feita uma assembleia para decidir os rumos da paralisação. "Não voltamos para a sala de aula se o
governo não negociar. Estamos em contato com o secretário de Educação, mas precisamos de uma resposta efetiva", disse a professora.
O secretário não quis se pronunciar após a reunião, mas informou por meio da assessoria que já houve avanço na negociação com os grevistas. A secretaria disse ainda que informações recebidas de escolas de todo o Estado dão conta que apenas 2% dos docentes aderiram à greve.
Apesar de não conversar com a imprensa, o secretário trocou números de telefones com os diretores do sindicato para que haja uma comunicação efetiva. Mais cedo, os professores haviam se somado ao coro de bombeiros que protesta desde domingo em frente à Assembleia Legislativa do Estado (Alerj).
"Apoiamos o movimento dos bombeiros, queremos liberdade para eles. O governador Sérgio Cabral tem que acabar com esse salário miserável que nos paga, merecemos respeito", disse a diretora do sindicato.
Especial para Terra

 

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