Professores da rede estadual do Rio de Janeiro planejam uma paralisação de 24h para amanhã (28), com assembleia geral marcada para as 11h e ato público na frente da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado) previsto para o período da tarde.
Segundo Vera Lúcia Nepomuceno, da coordenação geral do Sepe-RJ (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação), a paralisação faz parte do movimento nacional pela lei do piso, além de cobrar do governo estadual a garantia de uma carga horária para planejamento. O sindicato também lançará amanhã a campanha salarial de 2012, tendo como reivindicações emergenciais, a incorporação de todas as gratificações ainda existentes para professores e funcionários e um reajuste de 36% nos salários.
O sindicato também quer garantia de abertura de turmas para professores que estariam sem aulas por causa do Projeto Autonomia (destinado aos estudantes que já repetiram de série algumas vezes, que ficaram afastados ou entraram tardiamente na escola). De acordo com Vera Lúcia, o projeto coloca apenas um professor em sala, para ministrar aulas de diversas disciplinas.
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Veja como foi a greve dos professores do RJ no ano passado; paralisação durou mais de dois meses
Segundo o sindicato, cerca de 60% dos funcionários aderiram ao movimento e 70% das escolas da baixada Fluminense estão paralisadas. Na capital, a porcentagem é de 50%. No interior, são 30% das escolas que estão sem aula. Já a Secretaria da Educação fala em uma adesão de 1,5% dos 51 mil professores Mais Júlio César Guimarães/UOL
A Seeduc (Secretaria de Estado de Educação) informou que nas últimas paralisações, a percentagem de professores que aderiram ao movimento não chegou a 1%. “Mesmo com a baixa adesão, a secretaria lamenta qualquer prejuízo que os alunos e responsáveis possam vir a ter com este tipo de ação”, informou em nota.
A rede estadual do Rio de Janeiro tem 1.357 unidades escolares, 78.153 professores e mais de 1 milhão de alunos.
Paralisação nacional
A CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) convocou uma greve nacional para os das 14, 15 e 16 de março. O movimento reivindica a aprovação do piso nacional de R$ 1.937,26 em 2012, planos de carreiras e que o texto do PNE (Programa Nacional da Educação) estabeleça o investimento de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação.
As redes estaduais e municipais do Rio de Janeiro também prometem parar nesses dias.
Suellen Smosinski
Do UOL, em São Paulo
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