segunda-feira, 23 de abril de 2012


Coisas Simples que ajudam 
Seus Filhos a Aprenderem







Pais e encarregados de cuidar das crianças, são pessoas muito ocupadas. Cheias de responsabilidades, emprego fora de casa, roupa para lavar, casa para cuidar, etc.
No entanto, por mais ocupados que possam ser, eis aqui um monte de coisas que elas podem fazer, sem atrapalhar seus afazeres corriqueiros, e que vai auxiliar suas crianças pequenas a se prepararem melhor para enfrentar a Escola. Como as pessoas não estão dispostas a deixarem sua rotina diária de lado para se dedicarem às suas crianças, eis aqui algumas sugestões.
São Pequenas coisas que tem um grande efeito. A maioria destas coisas custam pouco ou nada, e podem ser feitas sem alterar o ritmo de sua rotina diária.


Veja então a seguir, 15 Coisas Simples que qualquer Pai ou responsável pode fazer para ajudar seus filhos a aprenderem mais.




1.    Escute-os e preste mais atenção aos seus problemas ou probleminhas; 

2.    Leia com eles; 

3.    Conte-lhes histórias da família; 

4.    Limite seu tempo de ver televisão ou no computador; 

5.    Tenha sempre livros e outros materiais de leitura espalhados pela casa; 

6.    Ajude-os a encontrar "aquelas palavras" no dicionário; 

7.    Motive-os a usar e consultar uma Enciclopédia, ao invés de pegar tudo pronto; 

8.    Compartilhe suas histórias, Poemas e Canções favoritas com eles; 

9.    Leve-os à Biblioteca para que tenham seu próprio cartão de acesso aos livros; 

10.  Leve-os aos Museus e Lugares Históricos, sempre que possível; 

11.  Discuta as novidades do dia ou o que achar que é mais interessante com eles; 

12.  Explore as coisas junto com eles e aprenda sobre plantas, animais, história e geografia, etc.; 

13.  Ache um lugar sossegado para eles estudarem; 

14.  Faça sempre uma revisão nas suas tarefas de casa; 

15.  Mantenha sempre contato com seus professores. 





Fonte:
U.S. Department of Education/Helping Your Child Get Ready For School series
Revisão: Site de Dicas.

 

Atividade Mágica para Cultivar o Hábito da Leitura em seu filho ou aluno.

 
É impressionante como as coisas mais simples, são verdadeiras e importantes.
Veja a seguir uma atividade, absurdamente simples, que pode fazer com que seu filho ou aluno, veja com outros olhos o hábito da leitura.
*

É uma atividade que vai estimular, firmar ou mesmo fazer com que seu filho ou aluno, tome gosto de vez pela leitura.

O primeiro passo é conversar com a criança e descobrir seu gosto literário. Gosto literário aqui significa, saber de que tipo de história ela mais gosta.

Feito isso, provoque ela à leitura. Isto é feito do seguinte modo: Primeiro leia você mesmo um livro, sobre o assunto do qual ela gosta. Deixe que ela veja você lendo. Se fizer isso sutilmente, será melhor ainda. Não tente chamar atenção para o fato de estar lendo, especialmente se você não tem o hábito de ler regularmente, pois ela pode perceber o artifício e estragar a tática.

Se o adulto é do tipo que gosta de ler e ela já sabe disso, então pode agir de forma natural. Ao ler o livro, procure demonstrar as emoções que sente a partir do que está lendo. Isto é, ria, faça comentários baixinho como se estivesse falando sózinho etc., Isso vai deixá-la bastante curiosa.

Ao perceber que você gosta da mesma coisa que ela, sua auto-confiança, vai receber uma enorme injeção de ânimo. Imagine só, um adulto que gosta do mesmo que eu - pensará ela - e sem ninguém pedir para que ele fizesse isso!

Quando terminar de ler, não lhe ofereça o livrinho. Ao invés disso, coloque-o em lugar visível, converse com ela sobre outros assuntos, e finalmente sobre histórias do tema que ela prefere; então comente sobre o que acabou de ler. Como isso é feito por partes, a pressa pode estragar tudo. Assim, em outra ocasião, diga que comprou um livro para ela ver, e que é muito bom.

Importante: Em momento algum a obrigue a ler. Dê-lhe o livrinho e pronto. Pode ser que no primeiro contato, ela apenas vá folhear as páginas para explorar o terreno onde vai pisar.

Aqui vale uma interrupção para algumas observações importantes, que vão determinar o sucesso ou o fracasso do seu plano. Veja bem, não é que "pode determinar", é que "vai determinar".

Toda criança, com raras exceções, gosta de livrinhos com:

  1. Desenhos bem feitos. Tem que ser desenhos ou ilustrações; elas acham fotografias deprimentes e sóbrias demais para seu mundo, pode até ser uma fuga da realidade, mas é assim, e nesse momento não adianta entender porque. Saiba apenas que fotos para elas são menos interessantes que ilustrações.

  2. Os desenhos ou ilustrações devem refletir claramente o que está no texto que ela está lendo, para que possa associar o mesmo com a idéia visual da situação, já que ela sozinha ainda é incapaz de fazer isso, e ainda está construindo associações de palavras com imagens.

  3. Folhas com pouco texto.

  4. Texto claro, de preferência com palavras que ela já conheça (isso não é obrigatório).

  5. livro com poucas páginas; média de 20.

Assim, é chegado o momento de você agir. De posse do livro, após tê-lo folheado, use então o argumento mágico.

PEÇA QUE ELA LEIA O LIVRINHO DELA PARA VOCÊ!


Ao pedir isso, demonstre que tem total confiança nela (isso se consegue com a entonação certa da voz, tom firme, normal, como se fosse a coisa mais natural do mundo, sem titubear). Diga também que tem interesse no livro. Nesse ponto, toda insegurança comum na criança, ao oferecer ou compartilhar alguma coisa com os adultos, tende a sumir.

Durante a leitura, se quiser, você pode interromper para fazer algum comentário com relação a história. Também, antes de começar, diga-lhe que se tiver alguma dúvida sobre o significado das palavras, que pergunte; ou melhor, use seu bom senso e faça comentários complementares sem que ela peça, ao menos sobre aquelas que você julgue mais apropriadas, e até como uma forma de enriquecer o texto. É importante que você saiba, que ela só vai perguntar se confiar em você, ou se você tiver lhe dado autorização explicíta para fazer isso. Está feito então, ela está pronta e sem mais nenhuma inibição.

Finalmente, seja paciente e nunca a corrija, diga apenas que não entendeu direito, algum parágrafo, etc. Nesse caso, você pode pedir que ela comente o que entendeu... Pode ser que durante a leitura ela baixe um pouco a voz o que é normal. Peça, sem mandar, com muito humor e gentileza, que ela fale um pouco mais alto. Isso, só vai significar para ela que você está de fato interessado na leitura, e sua motivação aumentará ainda mais.

Ao perceber que ela está cansada, peça para fazer uma pausa. Os sintomas de cansaço são: mudança constante na posição, olhadas sutis para o lado, tentativa de deitar no chão, etc.

Por fim, comente com ela a história que foi lida. É provável que ela não tenha entendido bem o conto, já que apenas crianças maiores, conseguem ler para os outros e prestar atenção no que estão lendo. Diga que a história foi muito boa, que você gostou, e lhe dê a sugestão de que ela deve ler quando estiver com vontade.

Mesmo que ela não aceite na hora, o que é mais provável, deixe o livro em local visível e acessível, e incite-a outras vezes para que leia, sem forçar ou exigir. Faça isso em tom de comentário.

É importante que você saiba que, ao pedir para ela ler, você lhe deu confiança; confiou a ela uma tarefa de gente grande, e gostou do que ela fez; isso a fez se sentir importante. Melhor de tudo, essa é a impressão que ela terá de você a partir daí.

Os efeitos benéficos disso para sua personalidade são definitivos. Assim, a semente do hábito da leitura foi plantada de forma simples, natural, sem as pressões da obrigação, em clima de harmonia, como tudo que é verdadeiro deve ser.

Um último aviso: Peça que leia para você outras vezes. Dê-lhe mais livros, valorize e incentive a sugestão dela; acompanhe-a na hora de comprar ou escolher o livro. Use sua criatividade para usar essa mesma abordagem em sala de aula!


(Texto revisado em Setembro de 2007)
Autor: Alberto Filho
Email: albjorge@yahoo.com.br



Notas: O Autor é professor de educação infantil, desenvolvedor de softwares educacionais e pesquisador de atividades recreativas para crianças. É um dos eventuais colaboradores do nosso Site.

Professores não são preparados para ensinar
Na faculdade, futuro professor gasta maior parte do tempo com "fundamentos teóricos". Acompanhe série especial com outros problemas





Um professor com poucas oportunidades de aprender a dar aula é como um médico que não sabe tratar do paciente ou um advogado que não conhece os caminhos para defender o réu. Mas o que parece tão contraditório é uma realidade no caso dos educadores. O problema é comprovado por pesquisas, práticas e maus resultados que são tema de série que o iG Educação publica de hoje até quinta-feira.

Qual o maior problema na formação de professores?

A faculdade que não ensina formas de ensinar
A precariedade da ausência de formação dentro da escola conforme a lei prevê
A falta de alinhamento com a forma de aprender das novas gerações
Todas as alternativas anteriores
Não há problema
Outros (use o espaço para comentários no fim desta página)

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Em todas as etapas de formação, os docentes enfrentam restrições ao aprendizado do próprio ofício. A universidade reserva a menor parcela do curso a lições de como ensinar, a bibliografia sobre o assunto é desproporcional à demanda e o tempo de aprendizado dentro da escola – apesar de previsto em lei – é desviado para assuntos burocráticos.
Para piorar, o modelo pelo qual os próprios professores aprenderam e que muitos replicam há décadas empaca diante de uma geração moldada pela facilidade e rapidez de resposta da internet. “A sociedade não precisa mais de alguém que traga a informação. Isso o computador pode fazer. No entanto, a sociedade precisa cada vez mais de um mestre que ensine a pensar, a resolver problemas, a produzir conhecimento. Só que dificilmente o educador sabe como fazer isso”, resume o professor emérito em Educação na Universidade de Paris 8 e visitante na Universidade Federal de Sergipe, Bernard Charlot.
Na opinião dele, os problemas de formação são potencializados pela tecnologia a que os alunos têm acesso, mas continuam sendo os mesmos. “A questão não é se o professor sabe promover o aprendizado naquele ambiente, mas se ele tem repertório para ensinar em vez de reproduzir informação”, diz.
Pesquisas mostram que o problema começa enquanto o futuro mestre ainda é o aluno. A Fundação Carlos Chagas analisou detalhadamente os currículos de 94 faculdades de Letras, Matemática e Ciências Biológicas em todas as regiões do País por dois anos e concluiu que o “como ensinar” está longe de ser o foco dos cursos.
Em Letras, apenas 5,8% das aulas focavam em “didáticas, métodos e práticas de ensino”, em Matemática, 8% e, em Biológicas, 10%. Todo o restante do curso forma especialistas em cada área, explica o sistema educacional, expõe fundamentos teóricos ou mesmo apresenta “outros saberes”. A introdução de temas tecnológicos apareceu em apenas 0,2% dos currículos.
Os dados da pesquisa, publicada em 2008, até agora não geraram mudanças sistemáticas. Dentro de limites genéricos como “fundamentos teóricos” e “conhecimentos específicos”, as universidades têm autonomia sobre os conteúdos dos cursos e, como simples orientador, os governos que tomam iniciativas têm resultado tímido na mudança dos currículos de faculdades para professores.
No Espírito Santo, a gerente de formação do magistério da Secretaria de Educação, Tania Paz, chamou 33 faculdades para debater os resultados e propor mudanças. Só 23 aceitaram. Ao longo de um ano foram nove encontros em que a Fundação Carlos Chagas participou, mas ao final não é possível dizer se haverá alteração prática. “Mostramos para eles nossas necessidades em sala, mas dentro das instituições a decisão é dos coordenadores de curso”, afirma a gerente.
Para ela, a dificuldade na formação é a base da crise educacional que o País enfrenta. “Fizemos uma avaliação diagnóstica do que era preciso melhorar no sistema a partir das dificuldades dos alunos e a conclusão é sempre a mesma: o professor”, afirma, ponderando que o profissional é, ao mesmo tempo, vítima e reprodutor do problema. "Muitos já escolhem a profissão por não conseguir aprovação nas carreiras mais concorridas por conta de uma educação ruim que tiveram e vão perpetuar enquanto não conseguirmos buscar formas de compensação."

A questão não é se o professor sabe promover o aprendizado naquele ambiente, mas se ele tem repertório para ensinar em vez de reproduzir informação", professor
Bernard Charlot
 
O Ministério da Educação também encontrou um problema ainda anterior aos currículos das faculdades: a falta de livros sobre didática. Um edital para compra de material aberto de 2008 a 2011 resultou em apenas 100 obras aprovadas, segundo o então ministro da Educação, Fernando Haddad. “Mundo afora, você vai ver que chega a centenas de milhares de títulos. No Brasil, se uma pessoa iluminada quiser fazer mudanças num curso de licenciatura, vai ter de forjar o próprio material”, comentou às vésperas de deixar o cargo, em janeiro.
Na época, ele dizia que a colaboração do governo federal seria montar uma prova para professor que seria baseada em didática e acabaria incentivando a mudança nos cursos. "Hoje, 70% dos concursos públicos para admitir educadores são feito de questões jurídicas. Está mais para teste da OAB do que docência", comentava. Até o momento, no entanto, não há anúncio oficial da avaliação anunciada há dois anos.


 Por:
Cinthia Rodrigues, 

Fonte: iG São Paulo | 23/04/2012

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